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Distribuidoras e o futuro da cadeia de suprimentos - ECR

08/08/2017

ECR - Efficient Consumer Response é uma filosofia que vem ganhando força na cadeia de suprimentos. Por que? Por tratar a cadeia com mais inteligência, processos coordenados entre empresas, informações compartilhadas. São meios de reduzir custos e aumentar a eficiência.

Vivemos em uma época gloriosa para os negócios!

Há poucos anos atrás, vender para outras regiões e para outros estados do Brasil, era algo possível apenas para médias e grandes empresas, com uma estrutura robusta. Vender para fora do Brasil então, estava reservado aos grandes nomes do mundo corporativo.

Tudo se transformou tão rápido com a internet, que mesmo nós, que a usamos há muitos anos, ainda ficamos admirados com todo seu potencial, e sua revolução.

Um mundo de negócios à nossa disposição! Literalmente sem barreiras, onde uma empresa criada há poucos dias, tem a possibilidade de vender facilmente para chineses, indianos, portugueses, etc.

Com todo esse potencial de consumo, é o momento de repensar a cadeia de suprimentos como um todo, pois quem pensa primeiro, erra primeiro e acerta primeiro.

Diante de tanta tecnologia, coisas que se conectam a outras coisas, estatísticas, análises preditivas, entre outros, muitas vezes o distribuidor, que é o canal intermediário do supply chain se vê diante de um apagão de informações.

Faça o exercício abaixo, e veja quantas respostas você consegue obter:

Qual a quantidade de venda diária que seus principais clientes estão vendendo dos produtos que você distribui?

Quando ocorrerá o próximo pedido do seu cliente?

Quando e quanto comprar dos meus fornecedores em um ambiente de incerteza?

Diante destes apagões de informações, como ser eficiente?

 

ECR – Efficient Consumer Response

Já existe um conceito ou filosofia interessante, que vem ganhando força (ainda lentamente), mas que nos parece ser o futuro do supply chain. É o ECR, que em português seria “resposta eficiente ao consumidor”.

Como este nome já diz, a ideia principal é dar respostas melhores a este grande mercado de consumidores, sem rupturas de estoque, mas também sem precisar armazenar grandes quantidades, tornando o giro de estoque mais eficiente.

Mas como implementar? Eis o desafio!

Assim como vemos o conceito just-in-time ser bem sucedido dentro do setor automotivo, o conceito ECR seria esta eficiência em todos os níveis da cadeia de suprimentos, com todos os fornecedores e clientes que sua distribuidora possui.

É o trabalho em conjunto das empresas que compõem a cadeia de suprimentos, compartilhando informações, definindo processos comuns, com a finalidade de reduzir custos e aumentar a eficiência de todos.

Isso seria possível quando os dados estivessem integrados em todos os elos da cadeia de suprimentos, ou seja, o distribuidor teria diariamente a demanda ocorrida no varejo, e o fabricante teria a demanda ocorrida no distribuidor. Utopia? Não, apenas dados trafegando entre sistemas de informação (ERP, WMS, etc).

Com este conceito em mente, nós poderíamos nos perguntar se ainda precisamos manter um setor de compras dentro das empresas, ou pelo menos, podemos reduzir drasticamente a complexidade no processo de compras.

 

Benefícios

Com o auxílio da tecnologia, e bons processos estruturados, a aplicação desta filosofia poderia trazer benefícios como:

  • Redução de estoques;
  • Redução de visitas vendedor-cliente;
  • Menor índice de erros nos pedidos;
  • Menor tempo de conferência;
  • Redução no tempo de espera para descarga;

 

Conclusão

ECR é um processo, que envolve inúmeras empresas, e visa um trabalho em conjunto para melhorar a eficiência de todos. E por envolver muitas empresas, seu desenvolvimento é lento, demanda de muitas informações compartilhadas, ajustes internos, etc.

Mas podemos dizer com segurança, que esta filosofia é o futuro da cadeia de suprimentos, por que trata toda a cadeia com inteligência. Além da redução de custos, tem uma abordagem diferente da tradicional relação vendedor x cliente, pois não se trata mais de empurrar vendas para o varejo, e este para o consumidor, como se cada um passasse uma “batata quente” para o próximo nível.

Na prática, para isso tomar forma, voltamos ao ensinamento do grande autor W. Deming, que nos ensinou a rever a relação com nossos fornecedores, manter apenas os que estão de acordo com nossas políticas de qualidade, visão de futuro, e, construir uma relação de verdadeiros parceiros de negócios. E como parceiro de negócio, precisa ser remunerado como tal, e assim gerar uma relação ganha-ganha.

Enquanto isso tudo não ocorre, podemos iniciar agora, com pequenos passos. Sua distribuidora poderá receber informações preciosas dos seus principais clientes, também poderá criar uma política de pedidos de compra com seu fornecedor que seja menos burocrática, mais automatizada (EDI) e focada em informações.

 

Veja também:

O que os grandes autores ensinam sobre fluxo de caixa?

Série Relatórios de Gestão: Classificação ABC

6 Passos para Tornar sua Distribuidora Mais Eficaz!

 

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